REINO CONTRA REINO – A guerra entre os poderosos líderes evangélicos assinala o retorno de Cristo... (Pr. George Antonio)


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Lembra dos principais sinais que assinalam o princípio das ‘dores de parto’, que culminarão no retorno de Cristo?  (1) O florescimento da figueira (Mt 24.32), (2) o aparecimento de vários falsos profetas (Mt 24.5,11), (3) epidemias (Rm 1.24), (4) avanço da ciência (Dn 12.4), (5) pestes e fomes (Mt 24.7), (6) guerras e rumores de guerras (Mt 24.7), (7) terremotos em várias partes do mundo (Mt 24.7) e (8) apostasia (Mt 24.37,38). Qual deles ainda não se cumpriu ou não está se cumprindo? Podemos ver claramente que todos já se cumpriram, em larga escala, porém um deles parecia muito distante de nós. Trata-se das guerras entre reinos e nações. Só ouvíamos falar delas e dos rumores delas no Oriente Médio. Mas assistindo aos recentes noticiários e lendo artigos e revistas, percebi algo que me chamou a atenção, que gerou uma indagação: E se estas preditas guerras entre reinos e nações não forem guerras militares? E se estes reinos e nações não forem Estados politicamente organizados?
Se é que podemos aplicar outra interpretação, não a literal, o capítulo 24 de Mateus está em pleno cumprimento . “Reinos” e “impérios” evangélicos começam a cumprir o que foi predito nas Escrituras para o tempo do fim. Não se trata de guerras entre povos e nações, mas de super igrejas, ou super organizações, evangélicas, que com seus super poderes político-financeiro, disputam os melhores espaços na mídia e o monopólio das vidas. Algumas já têm a propriedade da mídia televisiva, que é a mais poderosa.
O Coliseu romano ainda é de forma circular, mas não se limita à Roma – a arena agora são os bastidores dos poderosos meios de comunicação. Os gladiadores não mais são homens treinados com espadas e lanças, mas entendem muito bem a arte da guerra. É certo que os homens ainda estão no comando, mas os gladiadores agora são empresas gigantescas, que os despercebidos ainda chamam de igrejas. Os gladiadores modernos são multinacionais evangélicas, são gigantescos reinos e impérios, são os dominadores da cultura evangélica..., e a platéia, pasmem todos, agora somos nós. Ligue a sua TV e entre no “Coliseu” romano! Cuidado com seu filho na frente de uma TV, mesmo em horário de programação evangélica, ele pode se tornar um gladiador! Um gladiador moderno e com "excelência", é claro! Não há nada de cristianismo, de valores cristãos, de amor, de paz, apesar de ouvirmos muitos versículos da Bíblia serem citados. A luta também não é pelas almas; aliás, como disse certo pastor, os que mais falam de ganhar almas para Cristo, são os mais desalmados entre nós. Não se engane, o que está em jogo é o poder, e eles nem se dão conta de que o que ganham nesta disputa pelo poder perdem em credibilidade e respeito. Eles “tropeçaram porque são desobedientes à Palavra” (I Pe 2.8).
Qual um espetáculo na arena do coliseu romano, a tela de nossa TV pode parecer atraente. Se atentássemos apenas para o palanque principal do coliseu ( a tela da TV), veríamos um espetáculo de sorrisos, gentilezas, luxo, glamour, etiqueta, poder, domínio, influência etc, mas por trás disto tudo tão atraente, estavam as galerias subterrâneas escuras, onde ficavam as feras enormes e famintas, homens (gladiadores) selvagens, sem família, sem amigos, sem coração, armados até os dentes, prontos para estraçalhar o primeiro que lhe atravessasse o caminho. Estamos vivendo tudo isto novamente, conforme Daniel profetizou (Dn 2.21a). Como as estações do ano, a história parece repetir-se.
 “A disputa entre eles pelo poder fede nas narinas do Todo-poderoso. Reabriram a discussão sobre quem é o maior entre eles (Lc 22.24); e o galo, já rouco de cantar, não desperta mais a consciência deles, ensoberbecida pelo desejo de grandeza”1.
E, acredite, é temeroso falar disto, pois eles detêm eloqüência no falar e são detentores de discursos bem elaborados e intimidadores; além do mais, dominam o mais poderoso meio de comunicação do mundo – a TV. É comum ouvirmos um coitado dizer: “Mas tal coisa é verdade”. Então perguntamos: Por que você afirma isto? Então a resposta é: “Por que passou na televisão!”. Que país é este? Que mentalidade a nossa! Quanta escravidão! Quanto engano! O pior de tudo é verificar que se repete o que o Senhor viu acontecer nos dias do profeta Jeremias:
“Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles, e o meu povo gosta disto(Jr 5.30,31 – grifo nosso).
A verdade pregada na TV não é a Palavra Escrita, que é nossa água e comida, puro leite espiritual, a espada do Espírito e o meio de nossa santificação, pois ela liberta e faz o homem ver e escolher o caminho de Deus para sua vida. O que é pregado na TV, com muita ‘maestria’, é o “pacotinho doutrinário” da denominação do pregador. Quando não, é um aglomerado, ou embolado, de textos bíblicos com psicologia, filosofia, conhecimentos de auto-ajuda etc. São mensagens encantadoras, apaixonantes, com colocações extraordinárias, que combinam com sua vida, ou do vizinho, mas sem poder para transformar vidas. Pregações que só atraem aqueles de quem Jesus se escondia (Jo 6.24-27). Paulo diz que foi enviado para evangelizar, mas “não com sabedoria de palavras humanas, para que a cruz de Cristo não se faça vã” (I Co 1.17). Sua pregação não era mera retórica, um aglomerado de belas palavras de sabedoria humana, pois isto, segundo Paulo, anulava o poder da cruz.
As mensagens ‘evangélicas’ que ouvimos hoje na TV são: “Aprenda a vencer na vida”, “Como ser um conquistador”, “10 passos para o sucesso financeiro”, “O caminho da prosperidade”, e por aí vai. Tudo voltado para as conquistas materiais. Nada de ensino sobre valores espirituais. Quando a Bíblia é citada, ou “ensinada”, é com o objetivo de focalizar o material, a excelência de vida que nos leva à prosperidade financeira, ao sucesso. Veja o foco da pregação de Paulo: “Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor” (II Co 4.5). Procure no ensinamento de Cristo, ou em toda sua história de vida, uma base bíblica para pregar mensagens de prosperidade financeira. Procure também na vida dos apóstolos. Você só terá base se olhar para os pregadores de hoje, sobretudo os líderes de impérios. Por isso, eles pregam sobre eles mesmos e, o tempo todo, dão testemunhos de irmãos que prosperaram financeiramente; eles não pregam a Cristo.
Paulo lutava para que os cristãos vivessem numa expectativa diferente das conquistas materiais, pois isto é instável e não garante nenhum valor eterno; ele exosta: “Alegrai-vos na esperança” (Rm 12.12), e acrescenta: “Perto está o Senhor” (Fl 4.5). Parece que o povo de Deus hoje só se alegra com promessas de conquistas materiais! Razão pelo qual os pregadores se voltaram tanto para este tema.
Mas posso entender tudo isto. Como falar de amor se vivem se digladiando noite e dia? Se o líder deve liderar pelo exemplo, o exemplo que esta nação hoje consegue ver é de líderes enraivados, iracundos, vingativos, ambiciosos, soberbos, contenciosos, briguentos, avarentos, invejosos, loucos por dinheiro, amantes do luxo e de si mesmos etc. Um chama outro de canalha, ao vivo, outro chama o “irmão” de traíra, outro chama de ladrão, de corrupto, de bandido etc. Falar de amor só se for muita hipocrisia, mesmo! Por isso eles só falam de conquistas materiais, riquezas, fama, luxo etc., pois isto eles conseguiram conquistar mesmo!
Falar de paz? Isto é para quem a tem. Quem vive arrumando encrencas e abrindo processos judiciais contra irmãos, por causas pessoais, não tem autoridade para dar uma de pacificador...
Como ensinar o povo a amar, a considerar os outros superiores a si, a suportar o outro em amor, a não odiar, a não praticar o mal, se vivem exatamente o contrário e estão se matando por causa de dinheiro? Lembre-se que Paulo nos ensinou que a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro (I Tm 6.10). E a loucura por dinheiro é vista claramente nas pregações deles...
Ligue a TV e assista a um programa evangélico. Analise o conteúdo, os milagres, as libertações, a boa palavra, os belos testemunhos contados, mas espere e veja para onde você será levado. No final o alvo é o seu bolso, amigo!
O amor verdadeiro não está no coração de quem vive trapaceando e atropelando os outros para realizarem seus projetos pessoais, ou de sua própria igreja. O amor verdadeiro é sacrificial. Ele se sacrifica pelos outros, como Jesus fez por nós. Veja algumas características do verdadeiro amor:
“O amor é paciente e bondoso, não é invejoso e orgulhoso, não é vaidoso. Não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Co 13.4-7).
Quem ganhará esta briga eu não sei, mas sei muito bem quem está perdendo... As pessoas, em meio a tantas dúvidas, nos perguntam: Que evangelho é este? A minha resposta tem sido com outra pergunta: “Você conhece algum erro, por menor que seja, cometido por Jesus Cristo, o Filho de Deus? Veja o que diz a Bíblia sobre Ele: “Deram-lhe sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca” (Is 53.9). Veja o que Pilatos, juiz e governador da Judéia, falou sobre ele: “...nenhuma culpa, das que o acusais, acho nele. Nem mesmo Herodes, pois o mandou de volta para nós...” (Lc 23.13). E a salvação do homem é pela obediência a Cristo (Hb 5.9).
Amado leitor, não se perturbe com tanta coisa que ouvimos. Como dissemos, é cumprimento das Escrituras. Lembre-se que entre os discípulos de Jesus estava Judas, que foi ladrão e traidor. Mas os outros, fixando os olhos somente no Mestre, conquistaram a Coroa e hoje descansam de suas boas obras. É tempo de nos apegarmos mais à Palavra de Deus. É tempo de abandonarmos a apostolatria, a bispolatria, a pastolatria etc.  É tempo de orarmos: “Senhor, mostra-nos a tua glória”. É tempo de vivermos na presença de Deus e dizermos: “Bom é estarmos aqui”, e reconhecermos: “Para quem iremos nós? Só tu tens as palavras de vida eterna” (Jo 6.68). Olhe para Jesus...
Que Deus nos guarde em paz!!!
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1ANTONIO, George. Ungidos do Senhor: Uns aprovados, outros rejeitados. 2009.